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Genética da população portuguesa pode explicar deficiência de vitamina D
“Investigadores portugueses concluíram que a população portuguesa tem uma prevalência superior à média europeia de algumas alterações genéticas que levam a uma predisposição para o défice de vitamina D.” Estudo coordenado pelo Centro Cardiovascular da Universidade de Lisboa que envolveu investigadores da Nova Medical School, da Faculdade de Medicina do Porto e do Instituto Gulbenkian da Ciência, mostrou que pessoas com níveis muito baixos de vitamina D apresentam uma resposta demasiada agressiva à covid-19, levando a formas mais graves da doença. "Muitos outros estudos internacionais vieram reforçar que, de facto, a população quando tem deficiência de vitamina D e apanha o coronavírus - como outros vírus respiratórios e outras infeções respiratórias - a capacidade de resposta do sistema imunitário é diferente e o risco de severidade é maior" Conceição Calhau, da Nova Medical School. Os resultados do estudo ajudam a compreender outros dados científicos obtidos no ano passado noutras investigações que demonstraram que cerca de 60% da população portuguesa apresenta níveis de vitamina D muito baixos, quando comparado com cerca de 20% da população finlandesa, por exemplo, para a mesma época do ano. Estes novos dados, segundo os investigadores, provam que não é correto supor que os países com mais exposição solar, como Portugal, não apresentam problemas com a deficiência de vitamina D. "Não é verdade a ideia de que somos um país de sol, que basta apanhar sol e que não vale a pena suplementar", insistiu Conceição Calhau, que é coordenadora da licenciatura em Ciências da Nutrição na NOVA Medical School - Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa. “Em Portugal ainda há preconceito relativamente à necessidade de recorrer a suplementos de vitamina D” A investigadora reforça que a vitamina D é ativada pelo organismo e transformada numa hormona, como o cortisol ou a insulina ou as hormonas da tiroide, e que “tem funções tão importantes que vão muito para além do metabolismo do osso”. Uma vez que Portugal entre os meses de outubro e maio não tem incidência de radiação solar suficiente para a nossa pele sintetizar níveis desejáveis de vitamina D, nem podemos compensar com alimentos gordos, que evitamos cada vez mais, a prescrição de vitamina D é importante, apesar do preconceito que ainda se verifica no nosso país. Ver artigo completo aqui